Variação Linguística
A linguagem é a característica que nos difere
dos demais seres, permitindo-nos a oportunidade de expressar sentimentos,
revelar conhecimentos, expor nossa opinião frente aos assuntos relacionados ao
nosso cotidiano, e, sobretudo, promovendo nossa inserção ao convívio social.
E dentre os fatores que a ela se
relacionam destacam-se os níveis
da fala, que são basicamente dois: O nível de formalidade e o de informalidade.
O padrão formal está
diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais
de um modo geral. Razão pela qual nunca escrevemos da mesma maneira que
falamos. Este fator foi determinante para a que a mesma pudesse exercer total
soberania sobre as demais.
Quanto ao nível informal, este
por sua vez representa a linguagem do dia a dia, das conversas informais que
temos com amigos, familiares etc.
Compondo o quadro do padrão informal da
linguagem, estão as chamadas variedades
linguísticas, as quais representam as variações
de acordo com as condições sociais, culturais, regionais
e históricas em que é utilizada. Dentre
elas destacam-se:
Variações históricas:
Dado o dinamismo que a língua apresenta, a mesma
sofre transformações ao longo do tempo. Um exemplo bastante representativo é a
questão da ortografia, se levarmos em consideração a palavra farmácia, uma vez
que a mesma era grafada com “ph”, contrapondo-se à linguagem dos internautas, a
qual fundamenta-se pela supressão do vocábulos.
Analisemos, pois, o fragmento exposto:
Antigamente
“Antigamente, as moças chamavam-se
mademoiselles e eram todas mimosas e muito prendadas. Não faziam anos:
completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo sendo rapagões,
faziam-lhes pé-de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses debaixo
do balaio."
Carlos Drummond de Andrade
Comparando-o à modernidade, percebemos um
vocabulário antiquado.
São os chamados dialetos, que
são as marcas determinantes referentes a diferentes regiões. Como exemplo,
citamos a palavra mandioca que, em certos lugares, recebe outras nomenclaturas,
tais como: macaxeira e aipim. Figurando também esta modalidade estão os
sotaques, ligados às características orais da linguagem.
Variações sociais ou culturais:
Estão diretamente ligadas aos grupos
sociais de uma maneira geral e também ao grau de instrução de uma determinada
pessoa. Como exemplo, citamos as
gírias, os jargões e o linguajar caipira.
As gírias pertencem ao vocabulário específico de certos
grupos, como os surfistas, cantores de rap, tatuadores, entre outros.
Os jargões estão relacionados ao profissionalismo,
caracterizando um linguajar técnico. Representando a classe, podemos citar os
médicos, advogados, profissionais da área de informática, dentre outros.
Vejamos um poema e o trecho de uma música para
entendermos melhor sobre o assunto:
Vício na fala
Para dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem mió
Para pior pió
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vão fazendo telhados.
Oswald de Andrade
CHOPIS CENTIS
Eu “di” um beijo nela
E chamei pra passear.
A gente fomos no shopping
Pra “mode” a gente lanchar.
Comi uns bicho estranho, com um tal de gergelim.
Até que “tava” gostoso, mas eu prefiro aipim.
Quanta gente,
Quanta alegria,
A minha felicidade é um crediário nas
Casas Bahia.
Esse tal Chopis Centis é muito legalzinho.
Pra levar a namorada e dar uns “rolezinho”,
Quando eu estou no trabalho,
Não vejo a hora de descer dos andaime.
Pra pegar um cinema, ver Schwarzneger
E também o Van Damme.
(Dinho e Júlio Rasec, encarte CD
Mamonas Assassinas, 1995.)
http://portugues.uol.com.br/redacao/variacao-linguistica

Muito Bom!!!!
ResponderExcluirGostei muito do blog, muita diversidade de informações !!
ResponderExcluirMuito bom, bem diversificada
ResponderExcluirótimo trabalho colegas!
ResponderExcluirPARABÉNS COLEGAS MUITO BEM ELABORADO
ResponderExcluirParabéns!
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